22 de novembro de 2012

Primeira Impressão

Kaleidoscope Dream
Miguel


Conseguir fazer um álbum conceitual ou que não seja comercial e fazer dele mais que um sucesso de critica, mas um sucesso de vendas é um feito que nos dias de hojé é esplendido. Um bom exemplo é o cantor de R&B Miquel que lançou o elogiado Kaleidoscope Dream.

Segundo trabalho do cantor, Kaleidoscope Dream vendeu cerca de 170 mil cópias o que pode ser considerado um grande fenômeno. Sem nem single de grande destaque, o CD é um inusitado, refinado, moderno e diferente viagem tendo como base o R&B e indo buscar sonoridades e inspirações em estilos como eletrônico, funk, pop e rock criando uma sonoridade única. E devo confessar que é um som difícil de decifrar e até realmente gostar, mas que não passa batido. Um trabalho complicado que se pode observar na complexa produção instrumental que resulta em canções primorosas em todos os sentidos. Miguel se mostra um cantor que além de versátil sabe e usa suas melhoras qualidades para valorizar as canções como o uso do falsete. Só que a direção artística usada em Kaleidoscope Dream pode afastar aqueles que procuram e/ou estão acostumados com algo mais comum e pasteurizado. Miguel fala sobre amor, sexual, crise existencial e problemas sociais de uma forma adulta e poderosa com letras destituídas de clichês. Não vou ficar falando sobre as faixas, pois acredito que Kaleidoscope Dream é um álbum para ser ouvido como todo. Contudo, peço que ouçam com  mais atenção Candles in the Sun (letra inspirada) e Pussy Is Mine (uma balada com uma pegada bem diferente). Que bom que ainda há mercado para artistas que querem sair do lugar comum.

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